Compreenda como o ciclo de cortes de juros afeta a renda fixa.
A famosa taxa Selic é um dos principais instrumentos de política monetária, com o qual o banco central controla os juros básicos da economia brasileira.
Os movimentos da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país, sejam as taxas que um banco cobra ao conceder um empréstimo, sejam as que um investidor recebe ao realizar uma aplicação financeira.
Em agosto de 2023, após um período inflacionário em que o Banco Central elevou as taxas de juros para diminuir o consumo a fim de controlar a inflação, iniciou-se um ciclo de corte nas taxas de juros que ainda deve continuar para 2024, onde a projeção do boletim Focus é que encerre o ano com uma Selic de 9% a.a.
Mas como isso afeta a renda fixa?
A Selic é a principal indicadora da rentabilidade dos investimentos em renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs, entre outros. Esses investimentos geralmente possuem sua rentabilidade atrelada à Selic ou ao CDI. Portanto, com o ciclo de corte de juros, esses investimentos tendem a render menos.
Isso não significa que a renda fixa deixou de ser atrativa, mesmo com a queda até o final do ano para 9% a.a., o CDI médio de 2024 ficará próximo de 10% a.a., trazendo para uma equivalência mensal seria 0,8% ao mês, um excelente retorno para uma aplicação de baixo risco.
Além disso, dentro da renda fixa é possível que o investidor esteja com parte da sua carteira atrelada à inflação e parte a uma taxa pré-fixada. Sendo assim, em momentos de queda de juros como este, a parte da sua carteira indexada a taxa pré-fixada, já terá uma taxa acordada independente da taxa Selic no momento da aplicação
São nesses momentos que o investidor consegue ver a importância de ter uma assessoria que vai fazer o acompanhamento da sua carteira olhando para além das taxas, e que mesmo dentro da renda fixa é possível ter uma diversificação de indicadores e assim ter uma melhor consistência de retorno.
Marlon Alves
Líder de Renda Fixa da GB investimentos
Assessor de investimentos.
Certificado Ancord e CVM.
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