Trump taxa o Brasil: como decisões globais impactam seus investimentos?
- GB Investimentos
- 22 de jul.
- 4 min de leitura

O mercado financeiro nos últimos 5 anos tem testado os nervos dos investidores. Após a pandemia – a maior crise da história recente – enfrentamos guerras, turbulências políticas e muitas outras “maravilhas” na vida de quem investe.
E o foco deste conteúdo não é diferente. Como o título já adianta, temos mais uma “ótima notícia”: os EUA colocaram o Brasil na mira das taxações.
Entenda o Contexto:
Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, e a nova tarifa pode gerar um impacto de bilhões de dólares para o Brasil. Com a taxação subindo para 50% – muito acima dos 10% anteriores – torna-se praticamente inviável exportar determinados produtos.
Desde o anúncio, surgiram narrativas sobre possíveis justificativas, como o equilíbrio da balança comercial ou até motivações meramente políticas. Mas o nosso foco aqui é outro: como isso impacta você, investidor(a).
Para agravar o cenário, o governo brasileiro já fala em retaliação, com base na lei de reciprocidade.
A tarifa de 50% imposta pelos EUA tem potencial para gerar efeitos relevantes:
Pressão sobre o real, devido à deterioração da balança comercial e saída líquida de dólares;
Aumento dos custos de bens importados e insumos industriais, com reflexos sobre a inflação;
Redução no crescimento do PIB, diante da perda de competitividade externa, queda nas exportações e recuo na produção industrial.
O que isso tem a ver com o investidor?
Para o mercado financeiro e para os investidores, este é mais um cenário de volatilidade. Desde 2020, com a pandemia da Covid-19, já estamos “calejados”.
Historicamente, cenários de estresse como pandemias, guerras e insegurança jurídica ou fiscal geram medo. Como consequência, muitos tomam decisões precipitadas: resgatam investimentos ou se posicionam em ativos que não fazem sentido.
Agora, mais uma vez, vivemos um momento que parece “fim do mundo”. Por isso, é fundamental manter a calma e, principalmente, contar com um profissional que respira o mercado diariamente para dar o suporte necessário. Puxando a sardinha para a GB Investimentos, é claro.
Setores e ativos que podem ser impactados
Antes de falarmos sobre como proteger seus ativos, investimentos e patrimônio, vale destacar os setores que podem ser afetados pela ratificação das tarifas americanas:

Esses são os setores que tendem a sofrer mais no curto prazo. Esta análise serve tanto para você, investidor com ações nestes setores, como para empresários ou profissionais ligados a essas áreas.
Chegamos ao consenso de que o Brasil será altamente impactado – não apenas nesses setores específicos. Afinal, somos um celeiro de exportação de commodities: um grande trunfo em momentos favoráveis, mas também uma ferida aberta em cenários como o atual.
Realizei aqui uma breve abordagem, mas chegamos onde todos querem saber, como proteger meus investimentos nesse cenário de conflito tarifário e político entre EUA e Brasil. Agora vamos ao ponto que mais interessa: como blindar sua carteira diante deste cenário de conflito tarifário e político entre EUA e Brasil.
“A chave para investir com segurança é a diversificação.”
– Ray Dalio, maior gestor de recursos do mundo e renomado investidor americano.4
O poder desta frase é ainda mais evidente em momentos como o atual. Ao alocar em diferentes classes de ativos, podemos tanto proteger o patrimônio como aproveitar oportunidades pontuais que surgem mesmo em cenários turbulentos.
Mas vamos focar na proteção, não nas oportunidades:
✅ Ativos indexados à inflação: O Brasil é, historicamente, um “paraíso inflacionário”. Trabalhamos com juros elevados justamente pelo histórico de IPCA alto. Estar posicionado em ativos como títulos públicos atrelados à inflação é quase obrigatório.
Além de proteger seu poder de compra, eles oferecem potencial de retorno no médio e longo prazo. Em momentos oportunos de marcação a mercado, é possível obter ganhos expressivos no curto prazo também.

✅ Dolarização da carteira: Apesar de ser um país vasto e independente em alguns aspectos, o Brasil ainda é uma economia emergente, altamente dependente de insumos e tecnologia externos.
O dólar segue sendo o “bunker” para investidores em cenários de caos, como vimos na pandemia. Estar exposto à moeda americana é uma das estratégias mais seguras, já que em momentos de crise há fuga de capital para os EUA – a maior potência mundial e considerado um porto seguro em tempos de instabilidade global.
Caso a tarifação se concretize e o Brasil venha a retaliar, é provável que o real se desvalorize ainda mais frente ao dólar.
Essas duas estratégias – indexação à inflação e dolarização – podem fazer parte de qualquer carteira, respeitando o perfil do investidor e os percentuais adequados na alocação.
Aqui na GB Investimentos, temos ambos os ativos disponíveis na plataforma da XP, incluindo a plataforma internacional. Nela, o investidor faz o câmbio para fora, sai do risco Brasil e acessa uma gama gigante de opções no mercado global.
✅ Conclusão
Momentos como este reforçam a importância de uma estratégia bem construída e acompanhamento profissional. O mercado vai continuar testando os nervos dos investidores – mas quem está preparado sempre atravessa a tempestade com mais segurança.

Patric Prevedello
Assessor de Investimentos GB
Head de Fundos de Investimentos na GB investimentos.
Certificado Ancord e CPA 20 Ambima.
Graduado em Administração com MBA executivo em negócios.
Se você gostou do conteúdo e busca uma assessoria de investimentos qualificada para estudar a sua carteira, pode falar conosco clicando no botão abaixo.
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