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Investir ou pagar dívidas? Qual a prioridade?

Atualizado: 2 de abr.

Entenda a importância de equilibrar investimentos e quitação de dívidas.

Compreenda a relação entre investir e pagar dívidas, estratégias para otimizar as finanças pessoais e tomar decisões mais informadas.



 

O que fazer primeiro: quitar dívidas ou começar a investir?


Vamos começar colocando em pauta que as dívidas são o principal inimigo do investidor, pois elas vão tirar a sua capacidade e seu poder de aporte e vão atrasar o seu processo de acúmulo de capital.


É importante deixar claro que precisamos deixar a nossa conta no “azul”, ou seja, fazer com que, de fato, sobre algum dinheiro no final do mês. Dessa forma, vamos acumular capital e estar mais perto da liberdade financeira. Então, esse pensamento já responde o questionamento do que é melhor: sempre temos que dar prioridade a quitar as dívidas. Afinal, os juros das dívidas sempre serão maiores que os juros dos investimentos. Para que isso fique mais claro, deve-se compreender como funciona a remuneração de um banco através do spread. O banco pega o capital de cliente, que chamamos de superavitário (tem dinheiro sobrando), e empresta para um cliente deficitário (está precisando de dinheiro). Então, em uma ponta o banco vai pagar 1% ao mês para esse cliente superavitário e vai cobrar 10% ao mês para o cliente deficitário, ou seja, o juros da dívida é maior do que a taxa de juros do país. “Ah, mas um amigo fez uma carteira de ações e teve 50% de valorização em um ano”, isso não pode ser levado em consideração, já que se trata de renda variável. Nesse viés, vale lembrar que renda variável varia para cima e para baixo. Se você está querendo se livrar das dívidas, significa que você ainda não tem uma reserva de emergência. O nosso capital de reserva sempre deve estar atrelado ao que chamamos de investimento livre de risco, ou seja, deve estar em renda fixa (CDB, Títulos do tesouro, Fundos de renda fixa).


 

Comece a organizar suas dívidas


Portanto, comece a organizar as suas dívidas. Na grande maioria, você pode obter descontos, pode parcelar, até que chegue o momento que você ficará no azul.


A partir do momento que sobrar margem para aportes mensais no seu orçamento, você deve fazer. Seu principal objetivo vai ser chegar a sua tão sonhada reserva de emergência, na qual você deve buscar seguir o seu custo de vida. Comece com o objetivo de chegar em 3 meses do seu custo de vida, depois 6 meses e, por fim, 1 ano. Colocar micrometas vai te ajudar a chegar no seu objetivo final, pois a partir do momento que você tem uma reserva de emergência criada, você vai cortar o ciclo de endividamento, porque quando você tiver um problema você vai recorrer a sua reserva de emergência e, assim, sanar o problema. Lembre-se: a maioria das pessoas não planejam fracassar, elas fracassam por não planejar (John L. Beckley.)

 

Ikaro Nunes Assessor de investimentos GB

Gestão financeira (UNICSUL-PB). Certificado pela ANCORD e CVM. CPA-20 ANBIMA

Mais de 6 anos de experiência no mercado financeiro.


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